A empresa resultante da junção das operações do Grupo Pão de Açúcar e do Carrefour no Brasil vai responder por 27% do mercado varejista formal no país ou 16% do total, incluindo na conta também os informais.
O cálculo foi feito por Claudio Galeazzi, que já comandou uma reestruturação no Pão de Açúcar e agora é sócio do BTG Pactual, que deve capitanear a operação por meio do fundo de investimento Gama, sociedade de propósito específico criada pelo banco apenas para negociar a fusão entre as redes varejistas.
"Nos Estados Unidos, o Wal-Mart tem 32% do mercado total e as próximas sete empresas somam 32%. Ou seja, ele é um 'cost killer' [cortador de custos], tem o poder negocial e transfere esse poder para os preços", afirmou em coletiva de imprensa para detalhar a proposta que será apresentada aos acionistas. Depois disso, se aprovado, o negócio estará sujeito ainda à avaliação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Galeazzi estima uma sinergia entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,7 bilhão por ano, quando implementadas "as melhores práticas" de ambas as empresas.
Além da sinergia com a combinação das operações, há a possibilidade ainda de ganho de eficiência, já que o Atacadão, marca de "atacarejo" do Carrefour, tem um resultado melhor do que o do Assaí, seu equivalente no Pão de Açúcar. Por outro lado, a margem de lucro dos hipermercados do Carrefour é inferior à das unidades do Pão de Açúcar.
Fontes: UOL e Folha de São Paulo.
Nota: A unidade do Atacadão de Juazeiro do Norte faz parte do grupo dos maiores faturamentos dentro da rede de lojas.