Cidade Juá, em homenagem aos 100 anos de Juazeiro do Norte, começa uma série de postagens enfocando 01 bairro da cidade por vez. Começamos pelo bairro Pirajá:
Um pouco da história:
O Bairro Pirajá teve início no ano de 1937 com a construção de duas casas pelo Sr. Francisco Dias Sobreira, onde iniciou um pequeno comércio de compra e venda de algodão e cereais em geral. Esta atividade durou até o ano de 1945.
O terreno, ocupado hoje pelo bairro fazia parte de propriedades agrícolas pertencentes a Abel Sobreira, Francisco Dias Sobreira (acima citado), João Marcelino de França e José Dias da Silveira. José Travares Pirajá, cunhado e amigo particular do Sr. Francisco Dias sobreira, substituiu este naquela atividade.
A freguesia deste pequeno comércio de José Tavares Pirajá se constituía dos transeuntes residentes nos sítios Pedra de Fogo, Macacos, Fazenda Nova, Limoeiro, etc. A casa em que residiu José Tavares Pirajá é construída de tijolos coberta de telhas, com dois vãos, alpendre, localizada ao nascente da estrada de ferro Juazeiro-Barbalha. Hoje pertencente ao seu Filho Dr. Pedro Sobreira Pirajá.
Todos os que iam e vinham, comentavam que no "seu" Pirajá, tudo era mais barato do que nas demais vendas. Assim ia o José Tavares Pirajá, sendo cada vez mais conhecido e procurado, oferecendo de quebra ao freguês um discurso político ou uma doutrinação religiosa com exemplos fulgurantes tirados da vida dos Santos ou da Sagrada Escritura de que era fiel leitor. Por volta de 1946 o Sr. Francisco Dias Sobreira, deu a algumas pessoas uns chãozinhos e ali foram construídas as primeiras casas e habitada pelos primeiros habitantes do Bairro. Logo surgiram novas casas.
Em 1947 o atual Bairro do Pirajá contava umas 8 a 10 casinhas. Em 1950 umas 100 casinhas já se podia observar. Neste ano foi lançada a pedra fundamental do Santuário de São Francisco, responsável pelo crescimento daquele setor sul da cidade. O Bairro não possuía outro ponto de atração, senão a costumeira e animada rodinha da bodega do "seu" Pirajá onde se discutiam as crises econômicas, religião e política; onde não eram negados conselhos e orientações do "seu" Pirajá. Em 1958 com prazer se podia observar o seu número de habitantes bem maior e a construção calculada de 500 casas.
Hoje o Bairro com aproximadamente 3.000 casas, tendo vida quase auto-suficiente, com dezenas de supermercados, um mercado público (o mercado do Pirajá) que inclusive está sendo ampliado, escolas, uma bonita Praça, posto de saúde, postos de combustíveis, restaurantes, lanchonetes, lotéricas, uma agência do Banco do Brasil, que deve ser inaugurada em breve junto com uma agência da Caixa Econômica e Bradesco, e um comercio simplesmente completo, os primeiros melhoramentos públicos deve-se ao então prefeito, Dr. José Mauro Castelo Branco Sampaio.
Fonte: site Veja Juazeiro
Fotos do bairro:
Agência do Banco do Brasil a ser inaugurada nesta semana. Agências da Caixa e Bradesco com obras bem avançadas.
Desafio a vencer: esgoto a céu aberto do lado das barracas do mercado do bairro.
Aspecto típico da periferia juazeirense: casinhas geminadas e esgoto na porta. Na foto a avenida Salgueiro.