Trânsito caótico da Rua São Pedro
Enormes engarrafamentos, carros se deslocando lentamente. Há poucos anos um panorama apresentado apenas nas capitais. Era algo para ser visto à noite no Jornal Nacional. Hoje faz parte de nosso cotidiano. Haja paciência para trafegar nas Ruas Pe. Cícero e São Pedro! Vai ao Crato? Saia mais cedo, pois o percurso agora demora mais
Quem diria?! Aquelas ruas, desenhadas na base da régua e compasso pelos líderes na época da emancipação para a passagem de simples carroças, atualmente servem à robusta frota de veículos, encorpada diariamente pela chegada de várias concessionárias, tanto de montadoras nacionais quanto de estrangeiras.
O poder público, por sua vez, não consegue acompanhar o ritmo das mudanças. As ruas continuam estreitas, novas avenidas não são construídas, viadutos ficam apenas no projeto. Mas o problema não é exclusivo de Juazeiro, praticamente todas as grandes cidades brasileiras vivem este tormento. Tudo isso porque as cidades crescem sem planejamento, sem a intervenção dos governos ou com a intervenção errada destes.
Para amenizar o caos no trânsito, precisamos copiar as soluções encontradas mundo afora e adequá-las à nossa realidade. Por certo se investe muito em transporte público em países desenvolvidos. Que tal novas linhas de ônibus interligando os bairros das cidades do Crajubar? Assim se faz na Região Metropolitana de Recife. Ao invés da linha Juazeiro-Crato, teríamos Franciscanos-Pimenta, por exemplo. E determinados bairros teriam seus próprios terminais. Também não esqueçamos do Trem do Cariri, do jeito que está se tornou uma jóia subutilizada. É imprescindível a chegada de seus trilhos à Barbalha, Missão Velha, aeroporto e quem sabe, ao Centro Multiuso. O Anel Viário também é vital, mas não fiquemos pensando só nele. Busquemos mais alternativas para novas avenidas. E já que hoje se fala em saúde e exercícios físicos, temos a possibilidade das ciclovias. Imagine só o juazeirense indo para o seu trabalho no comércio e indústria pedalando a sua bicicleta!
São muitas possibilidades e desafios. Sabemos que sempre depende de verba e vontade política, mas tudo nasce da força da sociedade.