Cidades famosas pelo mundo afora possuem monumentos que marcam a identidade de cada uma: Nova York possui a Estátua da Liberdade, Paris possui a Torre Eifel, Rio de Janeiro tem o Cristo Redentor. No nosso caso, temos a estátua do Pe. Cicero. Este é o monumento símbolo maior da nossa identidade. E sua presença é suficiente para todos os visitantes saberem que estão em Juazeiro do Norte. Não precisa construirem mais marcos. Certa vez um candidato a vice-prefeito derrotou toda a sua coligação quando comparou a estátua a um elefante branco.
O termo "elefante branco" serve para designar as obras públicas monumentais, onde se gasta muito dinheiro mas, no final das contas, não servem para nada. Por aqui também temos um exemplo: o Luzeiro do Sertão. Esta imensa torre foi ideia de um ministro do turismo meio "maluquinho"; seria o marco da passagem do século. Demorou para ser concluída e a sua área não possui qualquer infraestrutura de acolhimento para turistas. Resultado: está abandonada e só tem serventia para os usuários de drogas.
Com o possível advento do teleférico do Horto, e com a conclusão do Centro de Apoio aos Romeiros, podemos pensar num plano de urbanização de sua área. Já foi sugerido por um leitor deste blog a construção de um parque. A prefeitura planeja o Estacionamento dos Romeiros. Penso que há espaço para as duas alternativas, só não sei se existe vontade política para uma solução.
Enquanto o Luzeiro agoniza, já se pensa em outro grande monumento: o letreito da serra do Horto com os dizeres "Juazeiro Capital da Fé", em referência clara à Holywood. Cabe uma reflexão: para quê imitar os americanos? Já temos a estátua do padim, algo que é genuíno de Juazeiro. Este letreiro imenso numa serra pequena pode até descaracterizar a vista da estátua.
Antes de sairmos construindo monumentos grandiosos, precisamos discutir seus impactos na estrutura de nossa cidade. Nova York, Paris e Rio de Janeiro não possuem estas construções em cada esquina...