Um dos poucos antigos casarões que persistem.
É consenso a relevância da preservação dos prédios históricos como forma de resgate da memória de uma nação. Cidades como Olinda, Salvador e Ouro Preto são reconhecidas como grandes matrizes de nossa história.
Na terra do Pe. Cícero grandes historiadores, através de seus acervos literários e fotográficos, ajudam a cuidar da memória desta cidade em intensa mutação. Particularmente, meu acervo se restringe às lembranças de minha infância nos anos 80 e 90; muito mais recente do que fotos dos anos 20 ou 40, mas já guarda recordações de várias construções que não existem mais.
Os Cines Eldorado e Plaza dos meus filmes dos Trapalhões fecharam suas portas. O prédio do Plaza persiste, contudo virou estacionamento. Destino parecido de vários casarões de famílias tradicionais nas ruas Pe. Cícero, São José e São Francisco. Os patriarcas se vão, os descendentes migram para outros bairros e suas antigas casas cedem espaço para estacionamentos particulares, isto diante da necessidade de vagas para os automóveis em virtude do aumento incessante da frota e permanência de ruas estreitas no Centro.
Claro que estes estacionamentos são necessários, não podemos fugir da realidade, mas o progresso deve ser gerenciado. Do contrário, corremos o risco de repetir os erros de grandes metrópoles, onde suas áreas centrais se transformam à noite em redutos de marginais, prostitutas e usuários de drogas porque a população não reside no local. Devemos também preservar nossa memória. Em São Luiz, por exemplo, o comércio fica na parte antiga da cidade, porém todas as fachadas dos prédios históricos são preservadas, inclusive as das grandes lojas varejistas. Sabemos que São Luiz é bem mais antigo que Juazeiro do Norte, contudo também temos a nossa história. Infelizmente, esta história vai virando ruínas diariamente.
A sociedade e o poder público precisam se mobilizar a fim de encontrarem alternativas de preservação do patrimônio histórico juazeirense, pois da maneira que se encaminha, as futuras gerações não contemplarão as suas próprias origens.
Concordo. Sem dúvidas alguma medida precisa ser tomada para que a história da cidade não se perca em meio a esse "desenvolvimento" que está ocorrendo em nossos dias.AS fachadas antigas que embelezam um lugar, pouco se vê no nosso querido Juá e isso é lamentável. Autoridades tomem as providências cabíveis de uma vez!
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