O apocalipse do trânsito em Juazeiro do Norte

Vamos partir da matéria do site Miséria:

"É cada vez maior o número de engarrafamentos e a demora destes no trânsito de Juazeiro do Norte, principalmente na área central e horários de pico. Em épocas de romarias ou períodos como o natalino, por exemplo, é possível notar a demanda reprimida do nosso trânsito. Nem mesmo a construção de vários estacionamentos particulares e a implantação da zona azul no centro foram capazes de contornar o problema.

O principal deles é antigo: as ruas estreitas e o fato de Juazeiro não possuir corredores especiais para ônibus e caminhões. Além disso, a frota local cresce assustadoramente fora o grande número de automóveis que vem de outras cidades trazendo passageiros para compras, visitas religiosas, estudar em suas faculdades e universidades ou atendimento de saúde.

O elevado número de motocicletas também é outro grave problema sem se falar no arcaico tráfego de carroças e bicicletas pelo centro da cidade. Dentro das condições atuais não há muito o que fazer a não ser ações paliativas. Todavia está na hora de se pensar grande projetando algo definitivo para Juazeiro mesmo que seja a médio ou longo prazo sob pena de um verdadeiro caos no futuro. O primeiro e urgente passo será a tão esperada construção do anel viário."  Site Miséria em 26/01/2012

A partir desta matéria começaremos a discussão: Qual o investimento feito nos últimos anos para adequar nossas ruas e avenidas à nova realidade? Praticamente nenhum. O que vemos pontualmente são asfaltamentos de trechos já construídos, como as Av. Castelo Branco, Humberto Bezerra, Plácido Aderaldo e mais recentemente a Ednir Mendonça. Também são realizados trabalhos pavorosos como o asfaltamento da José Bezerra e construção da Carlos Cruz, onde as valas de esgoto atravessam as avenidas e matam a dinâmica do trânsito, isto sem falar nos prejuízos para os veículos. Que me recorde, apenas a Ailton Gomes recebeu um prolongamento na longínqua administração Salviano, hoje vital para o acesso à Lagoa Seca. 

A desculpa de sempre é a falta de dinheiro da prefeitura e o depósito de todas as esperanças na construção do Anel Viário. Este último depende da boa vontade do governo estadual, que aliás prometeu executar apenas um trecho ligando a saída para Caririaçu até o São José no limite com Crato. Acontece que já estamos na metade do mandato deste governador e até agora estão elaborando o projeto. Em recente entrevista, o próprio governador se mostrou pouco interessado na obra (quem se empenha é o Secretário Camilo Santana). Se for construído este trecho o problema dos engarrafamentos da São Pedro não serão resolvidos, pois a maioria dos romeiros e caminhões chegam através da BR 116 e consequente Av. Leão Sampaio, ou seja, continuarão adentrando pelo Centro.

É preciso uma grande intervenção também no Centro da cidade. Qual seria? Não tenho habilitação para tal solução, os especialistas em trânsito devem ter. Mas mesmo os leigos são capazes de identificar o caos que poderá acontecer. Não é preciso ser vidente, o óbvio está aos nossos olhos. Precisamos de um gestor que encare o problema de frente e apresente soluções plausíveis. Sabemos que praticamente todas as grandes cidades apresentam problemas de trânsito. Contudo, ficar só assistindo de camarote o problema crescer, levará Juazeiro para o apocalipse muito em breve.