O governo arrecadou R$ 24,5 bilhões com o leilão dos aeroportos de
Guarulhos (Cumbica), Campinas (Viracopos) e Brasília (JK) realizado
nesta segunda-feira (6) na sede da BM&FBovespa, região central de
São Paulo.
O valor, a ser desembolsado por grupos nacionais e estrangeiros para o
comando dos três dos maiores aeroportos do Brasil, é quase cinco vezes o
valor mínimo de R$ 5,5 bilhões que o governo pedia pelo controle dos
terminais.
A avaliação do governo, via SAC (Secretaria de Avião Civil), foi a de
que o resultado do leilão foi expressivo e mostrou forte interesse de
investidores.
A concessão dos empreendimentos para a iniciativa privada tem como pano
de fundo a forte necessidade de investimentos na infraestrutura
aeroportuária do país antes da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de
2016. De acordo com Wagner Bittencourt, ministro-chefe da SAC, "o
modelo [de concessão] não pressupõe aumento de tarifas para os
usuários".
A concessão do aeroporto de Guarulhos (Grande SP), que tem prazo de 20 anos, foi arrematada por R$ 16,213 bilhões (com ágio de 373,51%) pelo consórcio Invepar,
composto pelas empresas Investimentos e Participações em
Infra-Estrutura SA e ACSA (Airports Company South Africa), da África do
Sul.
O valor da concessão do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), ficou em R$ 3,821 bilhões (com ágio de 159,75%), para o consórcio Aeroportos Brasil,
composto pela Triunfo Participações e Investimentos (45%), pela UTC
Participações (45%) e pela francesa Egis Airport Operation (10%).
Já o aeroporto de Brasília foi arrematado por R$ 4,501 bilhões (com ágio de 673,39%), lance feito pelo consórcio Inframerica Aeroportos, composto pelas empresas Infravix Participações SA (50%) e pela argentina Corporación América SA (50%).
Fonte: UOL.
Opinião: Bem que poderia ser uma boa alternativa para os problemas do aeroporto de Juazeiro do Norte. Se grandes grupos internacionais, como o Walmart e Carrefour, já chegaram por aqui, algum consórcio também poderia se interessar pelo Orlando Bezerra. Estaríamos livres das eternas promessas dos políticos de sempre. E não seria privatização. Mas por enquanto é só um sonho. A realidade mostra um aeroporto acanhado e remendado, e um eterno bla-bla-blá de enrolação por parte dos políticos.