Ultimamente os juazeirenses estão sendo confrontados com notícias de vários problemas na saúde pública. Um dos problemas é a epidemia de dengue. Infelizmente Juazeiro é a recordista em casos, superando até a capital. Outro problema é a superlotação do Hospital Regional do Cariri, o qual está sendo desviado do seu principal foco de atuação, que seria a atenção de alta complexidade, para realizar atendimentos comuns. Isto devido aos gargalos do sistema de saúde municipal, que não consegue promover a assistência adequada para a população.
Podemos encontrar um denominador comum para estes problemas: a falta de saneamento básico. Baseado em classificações da Escola de Saúde Pública do Ceará, locais com esgotos a céu aberto consistem em áreas de risco pela exposição da população a vários fatores causadores de doenças. Que classificação podemos dar a Juazeiro? Na realidade vivemos numa grande área de risco.
O saneamento básico é algo primordial para a qualidade de vida de qualquer população. Enquanto a lama fétida permanecer em frente das nossas casas, não adianta construir dezenas de postos de saúde, e nem comprar centenas de remédios, pois a multidão de doentes sempre lotará estes estabelecimentos, como também os hospitais.
É imprescindível, neste ano eleitoral, o saneamento básico entrar no rol de discussões das prioridades de Juazeiro. Do contrário, viveremos sempre acompanhando notícias de queixas e lamentos do povo.