A Região Metropolitana do Cariri precisa sair do papel

Tráfego intenso entre Juazeiro e Crato.

A falta de planejamento está infernizando a vida dos moradores do triângulo Juazeiro - Crato - Barbalha. O perímetro urbano, especialmente o de Juazeiro, expandiu-se assustadoramente e chegou aos limites territoriais. O deslocamento entre as três cidades incorporou-se ao cotidiano da população, fazendo com que as avenidas Pe. Cícero e Leão Sampaio recebam uma grande quantidade de veículos diariamente.

O primeiro aborrecimento surgiu com os crescentes acidentes que ocorriam devido à falta de sinalização adequada nestas rodovias. Aconteceram até mortes. Como resposta, a sociedade clamou por semáforos para disciplinar o trânsito. Mas quando eles foram instalados, outro problema surgiu: o tempo de deslocamento. Trafegar de Juazeiro para Crato, e vice-versa, é um desafio à paciência de qualquer cidadão. São 08 semáforos no trajeto de jurisdição estadual.

Como pode 03 importantes cidades possuírem apenas uma ligação entre si? Como nossos representantes ficam apenas assistindo de camarote o caos se instalar e não discutem soluções realmente efetivas para o trânsito? Para que serve realmente a Região Metropolitana do Cariri?

Cada prefeito administra o seu feudo e só! Não planejam nada em conjunto. Há anos se discute o Anel Viário em Juazeiro e recentemente o prefeito de Crato apresentou o projeto de novas avenidas. Mas cada avenida termina perto do limite de cada município. Por que não trabalham em conjunto e encaminham ao governador uma nova avenida de ligação das duas cidades? Ah, é porque o prefeito de Crato é adversário! Mas o de Barbalha é aliado, e também nada é planejado. Neste caso, poderíamos vislumbrar um prolongamento da Av. Ailton Gomes, conforme já sugerido pelo blog Juanews.

O fato é que enquanto o poder público pouco age diante da nova realidade do Cariri, novas demandas surgem para complicar ainda mais velhos problemas. Fica até parecendo que só sabemos reclamar e pedir. Mas os gargalos estão aí: aeroporto acanhado, trânsito caótico, falta de ligação de Juazeiro diretamente com Missão Velha, a nova fronteira do desenvolvimento, e por aí vai...