Antigamente quando uma multinacional adquiria uma empresa local logo tratava de promover a troca de nomes para estampar sua marca famosa mundial. Era a cultura da supervalorização do estrangeiro, principalmente dos americanos. Se era de fora, era bom. Vivíamos na hiperinflação com a indústria nacional fechada às inovações tecnológicas. Com produtos ruins, pouco valorizávamos nossas marcas.
Com a globalização e crescimento econômico dos países emergentes, o panorama foi aos poucos sendo modificado. Hoje a compra de empresas nacionais por estrangeiras se intensificou, mas as marcas locais estão sendo preservadas.
Com grande tradição perante seus consumidores, nomes como Hiper Bompreço e Atacadão não foram extintos, apesar de sua compra pelo Walmart e Carrefour, respectivamente. Pelo contrário, hoje são instrumentos da expansão dos negócios dessas multinacionais pelo Brasil afora. Aqui em Juazeiro somos testemunhas, inclusive.
Hoje tivemos a notícia de uma nova transação. A fabricante do uísque Johnnie Walker comprou a cachaça cearense Ypióca. No México a mesma empresa procura adquirir uma marca de tequila. Ou seja, seja no Brasil ou em qualquer país emergente, a chave para conquistar os consumidores é valorizar as marcas nacionais.