A
violência urbana assombra a sociedade brasileira. Num passado recente, era
associada ao nível de pobreza e à falta de oportunidades. Já nos últimos anos,
o país vem avançando bastante em sua economia e no amparo social às famílias
pelos programas assistenciais dos governos nas várias esferas; mas apesar da
melhor renda dos brasileiros, os crimes crescem em escala exponencial.
Para
explicar a escalada da violência urbana, muitas hipóteses são abordadas e
discutidas, como a participação do tráfico de drogas, ou o lado negativo da
mídia, ou a desvalorização dos valores da família. Enquanto não se tem o consenso sobre a causa
do problema, a criminalidade se torna mais corriqueira e cria um fator
essencial que a fortalece cada vez mais: o conformismo das pessoas.
Ser
assaltado virou algo normal. Quem nunca saiu de casa já com o dinheiro do
ladrão reservado? Os assassinatos nas periferias das grandes cidades agora são
apenas números e índices, meras estatísticas de atendimento hospitalar e
plantão policial.
Podemos
até ilustrar esta situação comparando com a questão dos antibióticos. Quando
estes foram descobertos, representaram a grande arma contra as doenças.
Contudo, com o seu uso indiscriminado, as bactérias foram se “acostumando” e
adquiriram resistência, forçando os pesquisadores a produzirem remédios cada
vez mais potentes. Já com doses contínuas da criminalidade no seu dia a dia, as
pessoas também se acostumaram e perderam sua capacidade de se indignar. São
necessárias doses brutais de violência por parte dos bandidos para o sentimento
de revolta e indignação ser despertado,
como na ocasião em que uma criança foi arrastada por um carro roubado em várias
ruas, ou no duplo assassinato em praça pública ocorrido aqui em Juazeiro, ou no
recente caso da dentista queimada viva.
Para
o combate à violência urbana, a fim de pelo menos minimizá-la, ainda falta
muito planejamento por parte dos governos, mas para que os chamados
representantes do povo realizem ações de verdade, é imprescindível que a
sociedade brasileira não perca a sua capacidade de se indignar!
Paulo Leonardo Celestino
Em relação as bactérias: elas não se acostumam nem adquirem resistência, elas são selecionadas pelo antibiótico(Teoria da Evolução de Darwin). Está sendo Lamarckista ao afirmar que as bactérias adquirem resistência.
ResponderExcluirSei que não tem nada haver com a ideia principal do texto. É só ora contar mesmo! kkk
No mais, o texto é ótimo na defesa da ideia principal. A violência está ficando comum, o que não pode ocorrer!
Sim Alex, você está certo. Foi uma maneira que encontrei de ilustrar e falar ao grande público.
ExcluirTambém pode haver transferência de material genético das resistentes para as não-resistentes, pelo menos é o que lembro de algumas aulas de Biologia!
Perceba também que coloquei acostumando entre aspas! Mas mostra que os leitores estão atentos! Obrigado!
ExcluirTinha certeza que vc sabia. Fiz esse comentário ontem pela madrugada. Não sei pq me deu vontade escrever isso. Não é atoa que acompanho o seu blog; são muito bons seus artigos.
ResponderExcluirQue é isso, meu amigo! Não precisa se justificar! Aliás, ninguém é perfeito. Eu errarei por muitas vezes! Por isso conto com a ajuda dos amigos leitores! O blog é feito por todos!
ExcluirTranquilo Paulo!
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