Imagem ilustrativa |
Nesta semana experimentei correr num
pequeno trecho da polêmica Ciclovia do Cariri. Nos meus melhores dias de
corredor, partia desde o limite entre Juazeiro e Barbalha até a entrada da
cidade dos verdes canaviais, mas sempre utilizando o acostamento e atento para
não ser atropelado por algum veículo desgovernado.
A Ciclovia do Cariri compreende o
percurso desde Barbalha até Crato, utilizando o canteiro central das rodovias
Leão Sampaio e Padre Cícero em cerca de 20km, passando, claro, por Juazeiro do
Norte.
A utilização do canteiro central
foi o estopim de toda a polêmica. Muitos cruzamentos com trânsito pesado,
desníveis e árvores. O medo de uma queda fatal ou atropelamentos sempre pairou
no ar.
A obra ainda não foi finalizada e
muito menos inaugurada, mas podemos perceber uma boa organização. Placas
indicativas, faixas horizontais, semáforos exclusivos para ciclistas, grades de
proteção estão sendo implantados, dentre outras providências de segurança.
Risco de atropelamento sempre
existirá, dependerá muito da prudência tanto dos ciclistas, pedestres e
motoristas. Já flagrei alguns motociclistas espertalhões se utilizando da
ciclovia indevidamente. A presença de árvores entre Juazeiro e Barbalha
realmente é um obstáculo, mas se pensarmos que a via é de passeio e não para
corrida, pois inclusive é lugar também para pedestres, então este empecilho
pode ser suportado.
Considerando que há poucos anos
atrás não existia espaço para prática de corrida ou ciclismo, aconteceu uma
evolução sem igual. Para os praticantes, além destes 20km, há também a
disponibilidade da ciclovia do anel viário, desde o limite de Juazeiro com Crato
até a saída para Caririaçu.
Percorrer hoje estas rodovias e
presenciar pessoas praticando seu esporte em um lugar antes inutilizado pelo
mato ralo ou concreto é sentir um aspecto mais humanizado diante da loucura dos
carros.